Desde que a filosofia “Lean” (ou suas variantes Lean Manufacturing, Lean Management, Lean Healthcare, Lean Construction, etc…) foi introduzida no mercado automobilístico pela Toyota, muito se tem feito em diversas áreas para melhor adaptar tal filosofia aos conceitos e sistemas de cada mercado ou até mesmo de cada empresa.
Após uma avalanche de excelentes resultados colhidos neste sentido, a filosofia Lean ou Enxuta, acabou chegando aos mais diferentes mercados possíveis como o de serviços, saúde, construção e, hoje em dia, até mesmo em áreas como a da educação e advocacia. Isso se deve pelo simples fato de que muitos dos conceitos e até mesmo das ferramentas utilizadas no mundo Lean acabaram servindo, com as devidas adaptações a todas essas outras áreas. Os resultados também têm sido muito satisfatórios e muitas empresas colheram, ao longo destes últimos 10 anos, resultados realmente positivos neste sentido.
Porém, outra frente de trabalho, ou até mesmo outra filosofia, foi sendo desenvolvida em alguns países da Europa, com certas extensões pelos USA, chamada de Excelência Operacional.
Mas o que é isso, e como ela funciona na prática?
Bem, a filosofia da Excelência Operacional foi desenvolvida a partir da necessidade de alguns mercados (incluo aqui a indústria como um todo e até mesmo as áreas de saúde, serviços e construção) por outras metodologias de trabalho que nem o Lean nem o Seis Sigma  ou outras possuem. A Excelência Operacional é algo mais amplo, mais consistente e que tem como base algumas dessas outras filosofias, ou seja, ela não descarta ferramentas oriundas do Lean ou Seis Sigma, porém possui ferramentas e métodos próprios que foram desenvolvidos para enxergar e atuar de maneira holística e pragmática um negócio como um todo.
Embora o primeiro conceito de Excelência já tenha sido apresentado por Tom Peters em seu livro “In Search of Excellence” em 1982, este conceito evoluiu bastante nos últimos 5 anos e atualmente está focado nas Operações, ou seja, onde realmente se agrega valor a um negócio e onde se obtém o retorno financeiro requerido. Neste sentido, a Excelência Operacional pode ser definida como um conglomerado holístico que abrange os mais diversos tipos de Sistemas de Produção ou Gestão, bem como algumas filosofias como o Lean Manufaturing e o Seis Sigma, com foco em negócios distintos. Fazem parte desta nova filosofia de trabalho metodologias como “Processos Cliente-Cliente”, “Supply Chain Management”, “Human Capital Strategy”, entre outras.
E para complementar ainda mais este enorme, porém muito bem desenvolvido, leque metodológico, muito se tem feito desde 2009 no sentido de aumentar este espectro. Metodologias e ferramentas para as áreas de Construção foram criadas como “Facility Management” e “Partners and Supplier Management”, entre outras, bem como para a área de Saúde, como “Surgery Modeling”, “Design for Healthcare Office”, entre outras.
Acredito cada vez mais que a Excelência Operacional chegou para ficar e, certamente, será uma ótima alternativa também para sua empresa ou mercado, que procura algo inovador, bem fundamentado e estruturado.
 “Se sua empresa utiliza hoje ferramentas ou métodos em workshops ou projetos disconectos, simplesmente por utilizar ou até mesmo de maneira isolada e sem uma ligação concreta e holística com a estratégia e metas de seu negócio, está na hora de ir atrás desta nova filosofia de trabalho e que já possui hoje métodos distintos para os mais variados mercados, chamada: Excelência Operacional!
A obtenção da excelência operacional envolve um retorno aos tijolos de base da construção de uma empresa: o estabelecimento, a comunicação e a avaliação dos requisitos.
 Devemos nos 
certificar de que estes estejam claramente estabelecidos e que sejam efetivamente comunicados e periodicamente avaliados para promover e facilitar o alcance contínuo da excelência operacional. Devemos nos certificar de que estamos proporcionando a nosso maior trunfo – os funcionários
– as ferramentas e mecanismos de que precisam para realizar corretamente suas tarefas logona primeira vez. Conceitos como reengenharia, lean manufacturing, just-in-time, controle estatístico de processo e Seis Sigma podem contribuir significativamente para a melhoria das operações.No entanto, eles não podem eliminar os custos operacionais diários ocasionados por desvios, não-conformidades e situações causadas pelo erro humano.No mercado imprevisível e no ambiente de negócios competitivo de hoje em dia, as empresas crescem ou vão à falência.Para crescer, as empresas devem ser bem gerenciadas e estar comprometidas a melhorar mais rapidamente do que os concorrentes. Devem também minimizar ou eliminar os custos operacionais desnecessários. A direção deve acreditar nos fundamentos da qualidade e estar comprometida com a melhoria contínua para aumentar a eficiência da empresa e impulsionar sua competitividade. Isso quer dizer que o gerente deve entender as operações e sistemas da empresa suficientemente bem para reconhecer seus pontos fortes e fracos.
Há três metas-chave perseguidas por todas as empresas:
• Manter a qualidade do produto e do serviço. • Preservar a conformidade total.• Reduzir os custos relacionados à qualidade para satisfazer as necessidades dos clientes, assegurar-se de que as tarefas sejam realizadas corretamente logo na primeira vez e persistir na competitividade.
Essas metas não são alcançadas por acidente. Devemos fazê-las acontecer  !!!