Stuart Atkins e Allan Katcher (1970) escreveram um tratado sobre desenvolvimento humano intitulado LIFO – Life Orientation. Trata-se de um estudo sobre as competências humanas e de uma metodologia para avaliá-las e desenvolvê-las. A tese básica desse trabalho pode ser sintetizada pela seguinte declaração: nossa força é também a nossa maior fraqueza. Isto é: nossas competências quando utilizadas em excesso tornam-se na razão para nosso fracasso. Acidentes de trânsito inusitados são provocados por exímios motoristas; nadadores experientes morrem afogados, ou seja, pessoas habilidosas, por confiarem exageradamente em suas capacidades, acabam cometendo erros primários. Isso ocorre em todos os domínios humanos. Por exemplo, pessoas com certezas absolutas não conseguem ver além de suas próprias certezas, nem imaginar outras possibilidades além daquelas nas quais acredita. Deve haver espaço para a dúvida, para o desconhecido, o inefável, o inexplicável.
Se por um lado, conhecimentos, habilidades e atitudes são essenciais para a construção da competência, por outro, a crença exagerada nos “manuais” limita nossa capacidade de inovar, criar, transgredir, mudar. A experiência é fundamental, mas não deve ser a base de tudo.
Diz o ditado que quem sabe muito não vê o óbvio. Nosso modelo mental é de tal forma afetado pelo conhecimento prévio que nossas percepções são “formatadas” por ele. Tal processo é inegável; no entanto cabe-nos estar atentos para intentarmos outras possibilidades a partir da capacidade de transgredir a norma estabelecida. Veja bem, não faço uma ode à insubordinação; apenas digo que devemos nos permitir inovar. Se assim não fora, estaríamos até hoje nas cavernas.
Mas, nem precisamos voltar tanto no tempo assim. Um dia alguém julgou que o sistema monárquico poderia não ser a melhor forma de gerir uma nação. Muitos questionaram, outros afirmaram que sempre fora assim e que a lei não permitia mudanças. Com o tempo, a ideia vingou e o sistema foi transformado, a lei alterada e a democracia instalou-se. Muitos achavam que a economia de base escravocrata era a melhor forma de produção; outras ideias surgiram e tudo se fez novo. Em algum momento a terra foi plana, o universo infinito, o voo impossível e chupar manga depois de beber leite era fatal. Alguém teve a coragem de discordar, quebrar o padrão, pensar “fora da caixinha”. É tão perigoso utilizar exageradamente nossas competências quanto julgar que tudo pode ser explicado com o que sabemos e somos agora.
Falta-nos a inexperiência. É com ela que ousamos o inédito; interpretamos a novidade; saímos do script; fazemos o que ainda não foi feito; inventamos o futuro.
Acredite na técnica, na ciência e no método; estude o manual e veja o que está sendo feito; mas, ouse a novidade, pense no absurdo, relacione os impossíveis, tente o proibido, transgrida a norma. É lá que estará, provavelmente, o caminho novo, a coisa inédita, o senso incomum, o futuro.
Lembre-se: tudo o que hoje é possível foi, há algum tempo, loucura, delírio, tabu, proibição e impossibilidade. A inovação está um passo além do conhecido. Ter a coragem de ir onde ninguém foi nos coloca diante de riscos, é verdade; no entanto, cria possibilidades que podem transformar o mundo.
Reflita em paz!
Se por um lado, conhecimentos, habilidades e atitudes são essenciais para a construção da competência, por outro, a crença exagerada nos “manuais” limita nossa capacidade de inovar, criar, transgredir, mudar. A experiência é fundamental, mas não deve ser a base de tudo.
Diz o ditado que quem sabe muito não vê o óbvio. Nosso modelo mental é de tal forma afetado pelo conhecimento prévio que nossas percepções são “formatadas” por ele. Tal processo é inegável; no entanto cabe-nos estar atentos para intentarmos outras possibilidades a partir da capacidade de transgredir a norma estabelecida. Veja bem, não faço uma ode à insubordinação; apenas digo que devemos nos permitir inovar. Se assim não fora, estaríamos até hoje nas cavernas.
Mas, nem precisamos voltar tanto no tempo assim. Um dia alguém julgou que o sistema monárquico poderia não ser a melhor forma de gerir uma nação. Muitos questionaram, outros afirmaram que sempre fora assim e que a lei não permitia mudanças. Com o tempo, a ideia vingou e o sistema foi transformado, a lei alterada e a democracia instalou-se. Muitos achavam que a economia de base escravocrata era a melhor forma de produção; outras ideias surgiram e tudo se fez novo. Em algum momento a terra foi plana, o universo infinito, o voo impossível e chupar manga depois de beber leite era fatal. Alguém teve a coragem de discordar, quebrar o padrão, pensar “fora da caixinha”. É tão perigoso utilizar exageradamente nossas competências quanto julgar que tudo pode ser explicado com o que sabemos e somos agora.
Falta-nos a inexperiência. É com ela que ousamos o inédito; interpretamos a novidade; saímos do script; fazemos o que ainda não foi feito; inventamos o futuro.
Acredite na técnica, na ciência e no método; estude o manual e veja o que está sendo feito; mas, ouse a novidade, pense no absurdo, relacione os impossíveis, tente o proibido, transgrida a norma. É lá que estará, provavelmente, o caminho novo, a coisa inédita, o senso incomum, o futuro.
Lembre-se: tudo o que hoje é possível foi, há algum tempo, loucura, delírio, tabu, proibição e impossibilidade. A inovação está um passo além do conhecido. Ter a coragem de ir onde ninguém foi nos coloca diante de riscos, é verdade; no entanto, cria possibilidades que podem transformar o mundo.
Reflita em paz!
Nenhum comentário:
Postar um comentário