domingo, 4 de março de 2012

Qualidade maior = Custo menor

Quando falamos em qualidade, existe uma predisposição por parte das equipes e até mesmo por parte
de alguns gestores de que, qualidade está ligada somente a unidades defeituosas apontadas pelo
cliente. Não é bem assim. O termo qualidade deve ser refletido em todo o processo de produção,
desde a entrada da matéria prima até a saída do produto final que será disponibilizado no
mercado. Quanto mais evoluímos em índices de qualidade, menores serão nossos custos de produção.
Isto é fato. No entanto, existem muitas barreiras que impedem que as organizações alcancem este
patamar de sucesso.
Veja como podemos minimizar estas barreiras:
A. Simplifique seu processo. Elimine toda e qualquer atividade que venha a consumir tempo e que
não agregue valor ao cliente. O cliente irá pagar somente
por aquilo que ele visualiza como importante para o seu negócio. Não desperdice tempo, porque
tempo é dinheiro. Desburocratizar é o segredo. Processos burocráticos produzem erros e oneram o
setor. Produza um bom mapeamento dos seus processos. Este mapeamento lhe dirá o que realmente
é importante ser feito;
B. Organize o seu trabalho, tanto em estrutura física como de documentação. Documente os seus
processos de forma a fazer com que este caminhe autonomamente sem estar preso ao operador.
Padronize. Sabemos que os níveis de Turnover estão cada vez maiores e isto dificulta um bom
gerenciamento da rotina de trabalho. Então, escreva o que faz e faça o que escreveu. Cumpra os
procedimentos. Este é o foco;
C. Estipule itens de controle para as etapas críticas do processo e os acompanhe, rigorosamente.
Se você não monitora seus resultados, você não gerencia e desta forma, o seu processo está à
deriva. Lembre-se que indicadores sem metas não dizem nada. Então, tenha metas condizentes com
o seu processo e as avalie de tempos em tempos. É preciso ³catar´ todos os desvios e analisá-los.
Isto é gerenciamento;
D. Estabeleça muito bem: O quê? Como? E Quando entregar. O cliente é o Rei, mas não é Deus.
Não se pode satisfazer o cliente às custas do sacrifício de outras pessoas. Conheça as limitações do
seu processo. Conheça a sua capacidade em atender as especific ações. Pratique o Controle
Estatístico do Processo. É uma poderosa ferramenta e que nem sempre é utilizada;
E. Faça análise de causa dos problemas, para que eles não voltem a acontecer. Incentive a
equipe a relatar os problemas. Pratique a análise constantemente. Toda e qualquer anomalia deve ser
tratada imediatamente, antes que seja tarde demais;
F. Pratique um bom planejamento do trabalho. Não trabalhe para ³apagar incêndio´. Entenda
que existem variações, mas que estas não podem e não devem ditar as regras de sua operação.
Trabalhe com o objetivo de fazer com que os seus processos absorvam estas variações sem
sacrificar os envolvidos;
G. Treine os operadores no cumprimento dos padr}es e faça os entender da importância de
cumpri-los. Isto gera confiabilidade, através da redução de erros e conseqüentemente redução de
unidades defeituosas. Conheça o perfil de seus operadores e os utilize onde os mesmos rendem mais.
Reconheça e premie a equipe ao bater as metas estipuladas. Lembre-se, o sucesso da organização
depende de todos. Todos devem estar engajados com o mesmo objetivo. Para a qualidade, não
existem heróis, todos são responsáveis.

Somente através de um bom gerenciamento será possível manter e alavancar o negócio. Para tanto,
gerenciamento é prática e nem sempre a prática é fácil. Prova disto é o grande n~mero de
organizações que perdem mercado por não praticarem o gerenciamento em sua totalidade. Vejo que
estas organizações praticam o que chamo de Gerenciamento do Caos, ou seja, se preocupam com
tudo, menos com o que realmente traz valor ao negócio.
Não faça de sua organização uma rocha, onde nada entra e nada sai, a não ser por bruscas
intervenções. Esteja aberto ao conhecimento e à inovação. Procure entender o que realmente faz
sentido para o seu negócio.
NoWa:
Gerenciamento do Caos é a forma de gerenciamento praticado por organizações que não possuem um
padrão de gestão definido. Em grande parte, conseguem traduzir o seu objetivo, mas não conseguem
gerenciar sua rotina de trabalho de forma eficaz.

por Marcelo Gonçalves Pereira

Nenhum comentário:

Postar um comentário